quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Valei-nos Nossa Senhora!


Oi meus queridos,

Hoje 12 de outubro é o dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Santa Negra, encontrada por pescadores nas águas do Rio Paraíba, foi consagrada pelos católicos a Defensora da Pátria Brasil. É também, o dia das crianças... Aliás, deveria ser, assim no plural comemorado, porém, sabemos, não é bem esta a realidade.
A grande maioria das crianças, e jovens do nosso país, são excluídos, discriminados, desvalidos, abandonados pela sorte e se bobear, até pela Santa!
Às 16 horas, vi passar sob minha janela, uma tímida marcha contra a corrupção. Tímida, mas feroz como a indignação que nos tem assolado a alma!
Nossa vergonha é do mesmo igual tamanho do abandono em que vivemos!
Tudo cheira a podre!
Tudo dá tristeza e vontade de chorar!
Nem a procissão de Aparecida, nem os shows globais, gloriando a infância, nem falsos sonhos de melhores dias, nos devolvem a fé em melhores dias! Estamos tristes, decepcionados, estarrecidos com o que os PODEROSOS têm feito conosco e com nossa frágil esperança...
Então, em meio a tanta agonia, cantamos quase a uma só voz: “Nossa Senhora, me dê à mão cuida do meu coração”...
E com os olhos perdidos no vazio, tentando ser mais fortes que a canalhice que nos rodeia, oramos contritos, pedindo ao Pai, vergonha e consciência para quem tem nas mãos a caneta, os contratos, os destratos e sonhos de toda uma pobre NAÇÂO!
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Para a criança que vive em cada um de nós... desejando-lhes vida plena!


Não gostaria de deixar morrer a criança que ainda abrigo. Queria muito, mantê-la viva em meu coração!
Não gostaria de vê-la adolescente, aborrecida e aborrecente! Queria sabê-la criança eternamente!
Não gostaria de jeito algum que ela crescesse, fizesse planos, sonhasse o futuro!
Queria-a sapeca, moleca, brincando com terra, mexendo panelinhas, bolas de gude, soltando pipa...
Queria-a milionária com sua caixa de massinhas de modelar!
Lambuzada de sorvete e chocolate, traficante dos meus carinhos, chantageando com “caras e bocas” meus nãos e porquês?!?
Não queria que minha criança virasse adulta, se perdesse, perdesse o sonho, pudesse se corromper!
Não queria que ela tivesse câncer, nem no corpo, nem na alma!
Não queria deixar minha criança morrer!


Até amanhã,
Mil beijos,
Tania Pinheiro.

2 comentários:

Célia disse...

Oi, Tania... ler você... é ficar em meditação por longo tempo! Tudo tão real que qualquer comentário torna-se redundante! Fiquemos com o nosso lado criança... aquela que não se deixa sabotar até porque ela é manipuladora ao extremo e sabe o que quer e a que veio ao mundo! Nós, "os adultos" é que a corrompemos com nossos subterfúgios! Abraço e fique bem.
Célia.

Carla Ceres disse...

Oi, Tânia! Que coisa mais bonitinha a boneca de Nossa Senhora que ilustra a postagem! Você tem bom gosto tanto para escrever quanto para escolher fotos. Belo texto! Beijos!