quinta-feira, 30 de maio de 2013

Tentando chegar aos ouvidos de Deus...


Oi meus queridos,

Hoje é dia de Corpus Christis ou, de reafirmar a fé na existência do Filho de Deus, lembrando que Ele sofreu na Sua sagrada carne, todo o tipo de dor e humilhação para garantir-nos a vida eterna. É nisso que creem os cristãos católicos!
O triste, é que nossas atitudes (católicos, protestantes, hereges, etc.), não confirmam essa fé.
Outro dia, no Extra (supermercado), vi uma funcionária da padaria pesando, embalando e jogando no lixo, os produtos que sobraram do dia. Estavam fechando o mercado, e ela me explicou que os pães, biscoitos, bolos, enfim, produtos feitos diariamente, não podem ser guardados para o dia seguinte, nem levados pelos funcionários ou doados para quem tem fome. Vão para o lixo!!!
Fiquei revoltada e cheguei a dizer que aquilo era crime, passível de denúncia. A pobre da funcionária (que deve ganhar salário mínimo) explicou que é lei. Se o mercado doa e, alguém passa mal depois de consumir o produto, mesmo que não seja ele a causa do problema, o cristão que se sentiu prejudicado, pode processar o estabelecimento, até por tentativa de envenenamento! E ganha!
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Então, vai tudo para o latão de lixo, onde, os famintos, os cães e os ratos disputam o seu quinhão, quem for mais rápido e esperto, leva!
E isso, acontece com todos os supermercados, bons restaurantes e congêneres.
Nos Centros de Abastecimento e Mercadões, mais de 40% dos produtos se perdem antes de chegar ao consumidor final. Do produtor a mesa de nossas casas, perde-se na colheita, no manuseio, na embalagem e transporte, no armazenamento e por aí afora. A cada perda o preço aumenta...
Somos um país de famintos esbanjadores ou o contrário, sei lá!
Não temos educação ambiental, politica, humana, não temos respeito pela fauna, pela flora, pelo outro, não temos compromisso com o futuro...
A terceira guerra mundial vai acontecer por causa da água, ou melhor, pela FALTA dela!
Desperdiçamos tudo: Água, energia, alimentos, talentos, sonhos, projetos, FÉ!
Desrespeitamos os antepassados, os que convivem conosco e as gerações vindouras. Desrespeitamos Deus e o diabo.
Somos, enquanto HUMANOS, animais perigosamente irracionais, letais a tudo o que possa atrapalhar nossa ganância e sede de poder e domínio.
Liderados por pessoas sem escrúpulos (que nós mesmos escolhemos), fingimos crer na nossa esperteza. Somos desgraçadamente donos da nossa insensatez!
Hoje me peguei sentindo inveja de pessoas, que pela graça de Deus, tem a felicidade da ignorância e da pouca informação. Senti vergonha dos meus sentimentos!
Ando farta de ler jornais, que só falam em violência, falcatruas, desvios de verbas e caráter, fome de pão e de justiça, abandono, miséria, sexo, safadeza, sacanagem e violência!
...E em pleno Corpus Christis, pedindo humildemente a Deus que me escute, rogo que Ele tenha piedade de nós, e como Criador, solucione todos os nossos problemas, ou exterminando tudo o que não presta, recomeçando com seres que não esqueçam que, são a imagem e semelhança do Pai, ou simplesmente recriando o Éden, sem o que, cretinamente chamamos de GENTE!
Que o Cosmo seja habitado só por borboletas, elefantes, orquídeas, beija-flores, amoras silvestres, coisas desse tipo, além da essência de Deus.
Que assim seja, Amém e Amém.

Mil beijos,

Tania Pinheiro.

terça-feira, 28 de maio de 2013

O peso de honrar um compromisso...



Oi meus queridos,

No último dia 21, escrevi uma despedida pra vocês. Coloquei no papel, toda a minha tristeza, toda a angústia e solidão que vimos vivendo, Tainá e eu, nos últimos três anos. Escrevi sobre meus medos, minha apatia forçada, meu desejo desesperado de trabalhar, produzir, ganhar meu pão com o suor do meu rosto, como sempre fiz. Escrevi sobre o quanto estou decepcionada com o mundo, as pessoas (as de longe e as bem próximas!), falei sobre as dores e fragilidades do meu corpo e da minha alma...
Pior, contei abertamente o quão estou deprimida, sem sonhos, sem fé ou vontade de seguir. A gente para de viver, quando deixa de sonhar e fazer planos. Respirar, comer, dormir, defecar... Não é viver!
Agradeci a cada um de vocês o apoio, o carinho, as muitas palavras de incentivo, as amizades sinceras e gratuitas, muitas sem rosto, todas com alma e coração!
Pedi perdão pela fraqueza, confessei meu cansaço, minha impotência, minha quase inutilidade.
A Tainá se negou a postar e acabar com o blog. Discutimos, brigamos nos ferindo mutuamente, sempre gritando o quanto nos amamos e precisamos uma da outra.
Estamos doentes. De tristeza, de exaustão, de necessidade de paz, segurança física emocional e espiritual... Estamos precisando de colo, respeito, projetos e coragem para realiza-los! Estamos nos suportando a duras penas, por que maior do que todo mal, do que tudo de triste e ruim que estamos vivendo, é o imenso amor que nos une.
E aí, burramente, resolvi pagar alguém para digitar o fim do blog.
Por um daqueles caprichos que O CARA, de vez em quando resolve usar, só para mostrar QUEM manda, recebi três recados no blog de pessoas agradecendo por palavras que eu escrevi e que de alguma forma as ajudou num momento ruim. Não fosse isso o bastante, uma parceirinha lá do Icesp, perdeu o paizinho dela hoje. Eu estava lá no saguão, conversando com o meu querido Patrício. Quando ela me viu, veio até mim e me olhou. Tudo o que fiz, foi abraça-la, dizer meia dúzia de palavras de conforto, guarda-la bem quietinha junto do meu peito. Juro que tentei dividir a dor com ela. Quando nos separamos, ela enxugou os olhos e me falou:
– Ontem li sua postagem para o meu pai, engraçado, ele sorriu o sorriso mais triste que eu já tinha visto e comentou, “eu entendo essa moça, eu também não tenho mais orgulho de ser brasileiro”! Minutos depois ele deu uma risada e disse que, certamente isso irá mudar assim que o neto dele for presidente da República!
... Deus te ouça, meu velho. De minha parte vou torcer muito pra que isso aconteça, pois se ele herdou do avô e da mãe, a garra, o caráter, o amor a Deus e ao próximo, quem sabe ainda dê pra dar um jeito!?!
Pelo visto ainda não terminou minha missão.
Amo vocês!

Mil beijos,

Tania Pinheiro.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Os filhos desse Solo não gentil!



Oi meus queridos,

A cada dia que passa, sinto mais tristeza e vergonha em ser brasileira. Desde que fomos invadidos pelas Naus Catarinetas, assim como os nossos antecessores, os índios, vimos sofrendo todo o tipo de engodos, espólios, roubos, falta de respeito e humanidade.
Somos, apesar do número, um povo frágil, acomodado, cordeiro e submisso!
Fossemos como los hermanos vizinhos, já teríamos tirado de seus tronos, vereadores, prefeitos, governadores, deputados, senadores, ministros e até, grãos mandatários dessa nossa patriazinha subjugada!
Apesar de sermos nós os responsáveis por elegê-los, não sei se seria justo dizer que também somos culpados por nossa ignorância, falta de educação e visão política, comodismo, maus costumes, (lembram a lei de Gerson, levar vantagem em tudo?), egoísmo, impotência e falta de compromisso conosco e com os que amamos, com a Terra e nossos semelhantes.
Enquanto aguardamos ansiosos a chegada dos gringos para as Copas, fingimos não perceber os estragos cometidos contra o meio ambiente, o povo, nosso futuro e nossos bolsos... Fingimos não saber sobre Belo Monte, as chacinas em escala, que vão de índios a caboclos, de moradores de rua a pretensos marginais, de policiais a inocentes civis, que morrem por estarem no lugar e hora errados, quando um crime deveria acontecer.
Fingimos cinicamente, não saber sobre os desvios de verba, o vencimento (sem que tivessem chegado ao destino) de merenda escolar, medicamentos, aparelhagens que atenderiam as necessidades da saúde pública.
Enquanto isso, país a fora, médicos, profissionais da saúde, professores, servidores públicos e até policiais, juízes e magistrados, declaram-se em greve por melhores salários e mais respeito profissional!
As novelas mostram coloridamente às “realidades” que lhes são do interesse e dão ibope. A cultura morta e ainda aguardando o féretro, é embalada por  A LEK LEK LEK LEK, e nós, de tanto engolirmos sapo, de tanto nos obrigarmos a conviver com a nossa acomodada incompetência, vamos “criando, alimentando e morrendo” de gastrites, aneurismas, infartos, câncer, e doenças psicossomáticas, ou o que é pior: transtornos psíquicos tão sérios, que nos levam aos estupros, auto mutilações, assassinatos inomináveis ou suicídios cada vez mais bárbaros, inexplicáveis e incompreensíveis!?!
Na minha cabeça, só vem à letra do rap de Gabriel o Pensador “Até quando”?
Se puder ouça, reflita, e se tiver alguma ideia de como poderemos começar a mudança deste caos em que nos encontramos, pelo amor de Deus, compartilhe conosco.

 

Mil beijos,
Tania Pinheiro.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Pra sempre em nossos corações...



Oi meus queridos,

Na última quinta-feira 9 de maio, depois de ordenar uma faxina, perfumando e enchendo de flores cada cantinho do céu, o Pai Maior, autorizou Seus Anjos, Arcanjos e Querubins, a virem buscar “nosso Pedinho”...
Ele estava lá em Mossoró, com seu pequenino e frágil corpo, tão sofrido, lutando para não deixar que, mãezinha, Nitinho, seus filhos, netos, amigos, eu a Tatá... enfim, todos os que o amamos tanto, sofrêssemos com sua partida. Apesar das dores, do cansaço, apesar de carregar no corpo e na alma, o peso de uma vida de lutas, perdas e decepções, meu paizinho do coração, era a imagem da alegria, da bondade, da pureza, homem justo e abençoado.
Nunca o vi de mau humor. Nunca ouvi de sua boca uma blasfêmia ou palavra contra um semelhante.
Sempre sorrindo, disposto (não parava um minuto!) varrendo o terreiro, ou jogando baralho sozinho, aparando as flores e as árvores do jardim, visitando o túmulo do gato de estimação, ou “armado de sua peixeira”, revisando se as portas e janelas estavam bem fechadas (e isso em Carnaubais!), tudo o que vinha dele era doce, leve, simples, cristalino como a água da moringa.
Pequenino, andava curvado, talvez pela escoliose, talvez pelo tempo, talvez por carregar nas costas, tanto amor e sabedoria!
Ele, e sua esposa Dona Tiquinha (que por traquinagem dele, me foi apresentada como Gaída, nome pelo qual me refiro a ela até hoje), me receberam de braços e corações escancarados, quando Francisco ou simplesmente Nitinho, meu irmão de alma, me levou como hóspede, enquanto eu ministrava um curso na cidade. Fui tão amada, tão acolhida, que mudei-me pra lá. Troquei o mar de Natal, minha casa na Ponta Negra, por um cantinho em Carnaubais, onde por graça de Deus, de graça, ganhamos minha filha e eu, uma família, amigos, parceiros nos sonhos e devaneios...
Aí, veio o câncer e eu vim para São Paulo.
Falávamo-nos sempre. Eu prometi que voltaria, assim que desse, para abraça-los, matar saudades, colocar as cadeiras na calçada e “fofocar da vida alheia”!
Não deu tempo.
Nos piores momentos do meu tratamento, achei que eu iria antes, espera-lo lá do outro lado. Errei!
Porém, como creio que isso aqui é só uma passagem, que logo nos encontraremos num lugar muito melhor e mais feliz que esse, só gostaria que ele não me esquecesse e me recebesse com o mesmo carinho quando nos reencontrarmos.
De você paizinho, só tenho lindas e doces lembranças. De você e da minha Gaída querida.
Tenham certeza, que mesmo estando fisicamente longe, estamos a Tatá e eu, ao lado de todos vocês, em espírito, saudade e orações. Nós os amamos muito e tenham certeza vocês ficarão pra sempre nos nossos corações!
Obrigada por tudo.

Mil beijos,
Tania e Tainá.

domingo, 12 de maio de 2013

Constatando zilhões de milagres...



Oi meus queridos,

Hoje, 12 de maio, comemora-se o dia da MÃE.
Para mim, isso não passa de esperteza comercial, teste de potencial de marqueteiros, que conseguem emocionar até as pedras e vender, de forma doce, amorosa, semi sublime, inenarrável, produtos, que vão do carro ao ar condicionado, do batom ao chocolate em formato de flor ou coração, da joia de esmeralda à bolsa (da novela) comprada bem baratinha nas mãos do camelô.
Em contra partida, algumas famílias de melhor poder econômico, rebocam as mães e as avós para os restaurantes e churrascarias, onde, depois de horas na fila, fome saciada pelo cheiro da comida alheia, comemoram com brindes e sorrisos O DIA DA GENITORA!
As menos afortunadas levantam-se cedo, vão para a cozinha e preparam um super almoço, pra receber filhos, noras, filhas, genros, netos, netas, a mãe e o pai (se ainda estiverem vivos!), os filhos solteiros com seus pares, às vezes, acompanhados de seus agregados... E aí, entre cervejas e caipirinhas, muita rasgação de seda (que quase sempre descamba para a discussão) as horas passam céleres e a mãe fica com a pia cheia de louça para ser lavada, enquanto assiste ao Gugu, Eliana ou Faustão, ouvindo o apaixonado ronco do maridão no sofá...  
Dia das mães!
Pessoalmente conheço e amo algumas que, além de respeitar, admirar, e até sentir um pouquinho de inveja boa, acho que não recebem da vida o valor merecido, até por que, o dia da mãe é todo dia!
Todos os dias, cuidamos, amamos, amamentamos, alimentamos o corpo a alma e o espírito, todos os dias educamos, passamos valores, ficamos em vigília, esperando saber o rebento em segurança, todos os dias conversamos com Deus e pedimos que guarde, ilumine e proteja nossas crias amadas...  
Todos os dias, sonhamos o melhor para os nossos sempre “pequenos”. Nos culpamos por não sermos melhores, mais fortes, mais poderosas, mais inteligentes, a ponto de abrir todas as portas e janelas, romper todas as barreiras, curar todas as feridas, realizar cada fantasia daqueles que tanto amamos.
Choramos quando não temos notícias, quando nos sentimos esquecidas e abandonadas, choramos quando recebemos um abraço inesperado... Perdoamos os descuidos, descasos, desrespeitos... Pedimos perdão pelos erros cometidos ou não...
Confessamos com pensamentos, palavras e atos nosso imenso amor todos os dias!
Não acho justo ter 1 dia para homenagear nossa maternidade já que para tê-la (fisicamente) carregamos por 270 longos dias e noites no nosso ventre, o que virá a ser o nosso maior presente!
Então, proponho uma inversão de situação: O segundo domingo de maio, poderia ser o dia em que nos esqueceríamos da mãe: Não daríamos trabalho, não pediríamos conselhos ou uma graninha, não cobraríamos atenção, não seríamos grosseiros ou relapsos, enfim, deixaríamos que a “POBRE DA MÃE” fosse simplesmente um ser humano, livre de preocupações e responsabilidades maternas.
Nos outros 364 dias, daríamos, sempre que possível, amor, atenção, respeito, alento, solidariedade, ajudaríamos a resolver os problemas, inclusive as despesas, cuidaríamos do jardim, do cachorro (ou gato), convidaríamos para um passeio no parque ou quem sabe um cinema, acompanharíamos ao médico, faríamos um almoço surpresa e diríamos sem pudor, obrigação ou oportunismos: EU TE AMO MÃE, OBRIGADA!
Sei lá, acho que todas nós, nos sentiríamos bem mais recompensadas...



***


Um beijo muito especial para algumas das muitas mães, que eu amo, e das quais morro de saudade:


Para: Ivani, minha genitora, amiga e exemplo, “Gaída”, minha mãezinha do coração que hoje ainda chora a perda do nosso “Pedinho” que foi pro céu sexta-feira, para Tainá minha filha mãe, que cuida de mim quando eu mais preciso, para Patrícia minha cunhada que é “mãe” do meu irmão Felipe, além de ter feito muito e com muito amor, por meu pai, pela Tatá e pelo Ricardo. Pra Tatiana, minha irmã que criou e formou três filhos médicos, abrindo mão dos próprios sonhos, para ajuda-los a realizar os deles. Á minha tia Regina que cuidou meus avós, meu irmão Wagner, os filhos e os netos dele...Para Iracy Azevedo, que tem sido mãe de tanta gente ao longo da vida, para Ana Cadengue, a aniversariante do dia (a mãe dela também faz anos hoje!) que merece o beijo, por ser mãe do João e minha amiga gratuita.
À Rita Lucia Facundo, minha irmã e sócia na maternidade do George, e para terminar, um beijo para dona Terezinha, que não conheço pessoalmente, mas respeito e quero bem, pois ela é a mãe do Paulo Henrique (o amor da Tatá), que não me vê nem trata como sogra, mas como amiga!
A todas e a cada uma, e também as queridas que me acompanham no blog: Célia Rangel, Carla Ceres, Célia Gil, Deth, Germana, Luciana, enfim, cada amiga que tanto me ajudou nesse tempo todo, OBRIGADA!
Feliz nosso dia hoje, amanhã e sempre! Mas, uma coisa é certa, a frase “Ser mãe é padecer no paraíso”, foi escrita por um homem, ninguém me convencerá do contrário, JAMAIS.


Mil beijos.
Tania Pinheiro.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Tentando entender a cabeça do “outro”...



Oi meus queridos,

É engraçado quando uma pessoa cheia de dúvidas e questionamentos sobre si mesma tenta compreender a cabeça do outro! Porém, existem situações, em que fica quase impossível fugir dessa atitude. Explico:
Embora me considere alguém com poucos e raros preconceitos (tenho alguns sim! Sou humana) procuro aceitar meu semelhante, por mais “dessemelhante” que ele me seja.
Então, tirando os homofóbicos, os políticos profissionais, os cretinos e hipócritas de carteirinha, os fanáticos religiosos, os destruidores de sonhos, mentes, bichos, florestas e gentes... Enfim, excluindo o que não presta, procuro conviver em harmonia com os viventes que me rodeiam.
Tenho inúmeros defeitos, muitas carências, vários e inconfessáveis medos e traumas, tenho pequenas invejas boas (a beleza da Tatá, da Tábata, a alegria do Leandro, a pureza da Aniole, a bondade do Léo Guerra, a Luz da Laura Testa, o tamanho da Dra. Jujú...), tenho raivas que procuro administrar para que não se transforme em ódio (os políticos ‘de novo’, “pastores” de almas, magnatas destruidores da natureza, pregadores de falsos valores...), sou arrogante, prepotente, pouco grata a Deus, a Tainá, aos médicos (afinal eles lutaram para me manter viva!) já que me cuido mal, não faço as coisas que e como devo, volta e meia passo dos limites no copo e na euforia... Enfim, defeitos, tenho-os de sobra e reconheço, poderia melhorar como pessoa se me esforçasse um pouco!
Porém, não entendo como criaturas que não me conhecem, não convivem comigo, nada sabem sobre meus problemas, necessidades, medos, anseios, sonhos, se dão ao luxo ou desrespeito de opinar sobre mim, minha vida, minha família ou jeito de enfrentar meu dia a dia!
Não, eu não estou precisando de homem. Não para me sustentar, regular meus atos e pensamentos, ocupar espaço na minha casa, espalhando roupa suja, autoritarismo ou falso amor, não preciso fazer sexo pelo sexo, tenho 60 anos meu tempo de cio passou faz tempo!
Não acredito em dividir ou compartilhar mágoas, más lembranças, frustrações, sonhos perdidos ou jamais realizados. Não acredito em fazer amor! Pra mim, amor se sente, não se faz; E ele é alimentado ao longo da vida, com a convivência o respeito, o carinho cotidiano, as lutas lutadas juntos, e perdidas ou ganhas, lutadas juntos!
Não acredito em estar com alguém, por qualquer tipo de interesse espúrio: Conforto financeiro, posição na sociedade, respeitabilidade (?) por ter alguém. Não! Eu não preciso de um homem, “cara amiga” que foi tão infeliz no comentário. Meus problemas não estão no meio das minhas pernas nem nas despesas que preciso honrar com meu trabalho e suor. Menos ainda, a solução deles. Preciso de amigos, de me sentir útil, preciso e muito e urgentemente trabalhar, me sentir amada e respeitada pelos que amo e respeito, e principalmente, preciso me fortalecer para não sucumbir à mesquinhez, a inveja, a falta de criatividade, humor e amor ao próximo, que crescem como erva daninha, neste mundo de meu Deus!
Preciso respirar, sorrir de dentro pra fora e agradecer a Deus por ser, apesar de tudo, a mulher feliz e abençoada que sou! Pode parecer arrogante, me perdoem, mas eu me orgulho e muito de ser Tania Pinheiro.

Mil beijos. 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Juntando letrinhas, para aliviar o coração...



Oi meus queridos...

Algum de vocês já se sentiu vazio, apesar de estar com um monte de coisas entulhadas no peito? Assim, como se carregasse nos ombros, o peso de todos os pecados do mundo? Como se precisasse de um mar de lágrimas para lavar a alma e aquecer o coração?
Algum de vocês, já teve uma vontade enorme de sair correndo, gritando palavras obscenas (ou trechos de Camões), sem se importar se iriam considera-lo louco, e, quando finalmente o cansaço lhe fizesse parar, respirar fundo, sentar na calçada e... chorar até secar as mágoas?
Algum de vocês já sentiu um medo enorme, profundo, sem quê nem porquê? Medo. Só isso!?!
Algum de vocês já precisou pedir colo, mas sabendo que quem poderia te atender está tão carente quanto você, fez pose de durão e, curtiu sozinho a sua precisão?
Então... Apesar de ter ido ao aniversário do Leandro e ter me divertido a beça (inclusive conhecendo pessoas maravilhosas!), apesar de estar vivendo um momento muito especial com a minha Tatá, apesar de pelo menos aparentemente, estar bem, estou sentindo tudo o que escrevi aí em cima!
Se algum de vocês já passou por isso e superou, por favor, me dá um toque: Preciso de ajuda.
To aceitando simpatias, novenas, banhos, exercício de respiração, meditação, passes, om’ns, enfim, vale tudo para voltar a sorrir, me sentir forte, acreditar que vai dar certo, fazer planos... Lutar para ser feliz!
Estou procurando casa. Preciso me mudar de onde estou. Tem muito mofo, muita humidade, é longe e perigoso. Não está nos fazendo bem. Então, se alguém souber de um lugarzinho agradável, pros lados do Butantã ou até mesmo mais para o Centro, me dá um toque.
E quem precisar de uma cozinheira de mão cheia (sem modéstia) para jantares, festas, e até congelados, também estou a disposição.
Preciso trabalhar, ocupar a mente e as mãos... E lembrar de agradecer todos os dias a Deus, aos que me amam e a vocês, pois estou viva e tive a infinita graça de SABER ESCREVER o que me vai no coração.
Obrigada de verdade.


Mil beijos,
Tania Pinheiro.