segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Driblando a melancolia...


Oi meus queridos,

Desculpem não ter escrito antes, porém, além da Tainá estar doente, a expectativa em que eu estava, aguardando a resposta da minha amiga, para quem escrevi, me “sugeriu” esperar. Na verdade, essa minha especial querida trabalha como louca, vive realmente, para ajudar os que dela precisam. A Tatá até mandou um recadinho no facebook, que ela não abriu até hoje, penso que ela nem saiba o que escrevi aqui.
Na verdade, estou um tanto melancólica, porque estacionei na vida, e pelo jeito, embaixo da placa de proibido!
A saudade de pessoas amadas, como o meu filho, meus irmãos, a Pati, a lembrança doída do cheiro de maresia, os projeto (sonhados, calculados, propostos, e, muitas vezes realizados), alguns parceiros de copo e de prosa, o silêncio, o pôr do sol e o despertar da lua em Carnaubais, tantas coisas e situações que me fazem tanta falta!
São Paulo é uma cidade fantástica, aqui é onde tudo acontece! Porém, é também um lugar que por todos os motivos que todos nós conhecemos, não se colocam cadeiras na calçada, não se namora no escurinho da praça, não se acorda no meio da noite, depois de um pesadelo, e sai-se a caminhar para esfriar a cabeça...
Ninguém da atenção ao outro. O nome dos vizinhos, a carona solidária, o lugar no ônibus para alguém mais necessitado que nós, o sorriso acompanhado de um bom dia, o por favor, com licença, muito obrigado... O ajudar um idoso a atravessar a rua, intrometer-se e separar uma briga de meninos, levar sem que nem porquê uma flor para a pessoa amada, entrar numa igreja, templo, sei lá o que, e simplesmente meditar e agradecer... São coisas que quase não se vê.
Tenho lembrado demais dos meus mortos. Falado demais dos tempos idos, e talvez até por influência do mofo da minha casa, ando revirando lembranças e dores mofadas.
Os remédios não fazem milagres, e eu, me sinto sem motivação, sem forças, sem graça para fazer planos e esperar recompensas. Me sinto velha, feia, triste, e semiacabada!
Melancólica, essa é a palavra certa, melancólica...
Mas, pasmem: Ainda sonho em voltar a trabalhar, em plantar um lindo jardim e uma horta/farmácia naturais, ver meus filhos casados, felizes, realizados... Não sei se será nesta ou na próxima passagem por aqui.
A verdade, é que somos feitos de sonhos, dúvidas, medos e espera... Alguns, de quebra, ainda somam a esta lista o “ser melancólico”!
É a vida!

 Mil beijos,
       Tania Pinheiro.

4 comentários:

Carla Ceres disse...

Oi, Tania! Que bom que você voltou a escrever. Estava sentindo sua falta. Queria notícias de vocês. Não fico perseguindo porque sei bem que, às vezes, a gente não tem ânimo nem tempo pra postar, mas me alegro quando vejo que tem novidade no blog. Será que não tem jeito de combater esse mofo? Ele pode estar fazendo mal a vocês. Dê uma olhada na internet, descubra o que funciona e comece uma cruzada antimofo. O exercício físico e um inimigo a derrotar vão diminuir o desânimo. Melhoras pra vocês duas! Beijos, queridas!

Célia disse...

Olá Tania! Fases da vida... nem todas alegres... nem todas tristes, mas as temos e como! Não nos é permitido estacionar sob placas de PROIBIDO... pois a multa é tenebrosa... "Um novo tempo, apesar dos castigos / Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos / Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer"... (Ivan Lins) É uma canção energizante!
Bj. Célia.

Célia Gil disse...

Só agora voltei, depois de um tempo ausente da blogosfera, para me atualizar nos blogues que gosto. Bjs

Letícia disse...

Somos feitos de sentimentos.
Isso nos diferencia daquela outra espécie de ser humano que apenas age conforme a própria vontade, conforme a própria conveniência.

NÃO!!! Nós somos diferentes! Nesses momentos de tristeza procure por cartas, cartões postais, e-mails, mensagens de amigos que lhe ajudem a levantar! Já passei por isso e vivo passando... e sempre faço isso.

Isso sim é viver! Sentir e superar!