Oi meus queridos,
Desde que me conheço por
gente, sinto incrível dificuldade para entender os provérbios e ditos
populares. Confesso que alguns, até me provocam certa ira, outros desconforto e
outros ainda, perplexidade!
Senão, vejamos:
“Água
mole em pedra dura, tanto bate até que fura!”.
Fura, ou acaba a água?
“Não
importa a vitória, o importante é competir!”.
Tá bom, conta outra. Quem
entra numa competição sem sonhar em ser o melhor?
“O
pior cego é o que não quer ver...”.
Além de injusta e desumana a
citação é um tanto burra! O pior cego é o que não tem bengala branca, nem cão
guia.
“Ser
mãe é padecer no paraíso!”.
Quem disse isso, só pode ter
sido um homem. Que Mané paraíso!!!
Levar um filho na barriga
por nove meses, depois sentir as dores das contrações (e às vezes, as do parto),
dar de mama, lavar cocô... E aí, quando as preguinhas crescem, dobra o
trabalho, a preocupação, os cuidados e gastos, até um dia em que, a criatura
encontra “a sua metade” e você se torna a SOGRA, ou seja: o CÃO!
Paraíso... paraíso o
caramba!
Mas, o pior pra mim nesse
momento, é quando escuto:
“Fulano
está na melhor idade!”.
O fulano em questão passou
dos 60!
As vantagens? Bom... Não
paga mais ônibus (quando o motorista para e ele consegue embarcar), não pega
mais fila no banco (e aí, a família, os amigos e até a empregada lhe enchem de
boletos, carnês, contas de luz, água...), também tem preferencia no atendimento
em vários locais (quando é percebido).
As diversões são inúmeras: Jogar
dama com os amigos na praça, ir ao baile da saudade, fazer ginástica às 6:00h
da manhã com as “coleguinhas”, quando os dentes permitem (sic!) acompanhar os
netos a churrascaria no almoço de domingo, receber a aposentadoria, lembrar-se
dos tempos produtivos... Orar e pedir a Deus que nos livre das fraldas
geriátricas, do Parkinson e do Alzheimer!
Melhor idade...
Terça-feira, me torno uma
sexagenária. Por mais que eu quisesse brincar com as palavras, não é nada sexy
fazer 60 anos! A Vera Fischer e suas muitas plásticas que me perdoe (ela faz 60
anos no mesmo dia que eu!), porém, nada muda essa realidade angustiante: A
velhice chegou. Somos sexagenárias!
Minha sorte é não ser avó,
pois eu afogava os monstrinhos ou deseducava, ensinando a dar língua, “dedo
feio”, dizer palavrão, comer doce antes do almoço... coisas de velho...
Sexagenária, melhor idade (risos).
Mil beijos,
Tania Pinheiro.
2 comentários:
rsrsrsrsrs Aposto que você vai ser uma avó corujíssima, Tania. Do tipo que adora os netos. Beijos!
"Menina-moça sexy"... kkkk... Melhor idade já tivemos não é mesmo, Tania? Nada despencava! Tudo em cima! Hoje também, tudo em cima "um órgão sobre o outro" apoiando-se... kkkk... Olha eu dou muita risada aqui, pois em gênero, número e grau rubrico seu artigo com você! O importante é termos essa noção de "acúmulo de juventude" e não se entregar!
Bjks. Célia.
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