Oi meus queridos,
É engraçado como a idade, a
solidão, a preguiça de sair e buscar novidades, a acomodação, enfim, zilhões de
motivos e motivações (ou falta deles) nos torna experts em papear com nossos botões!
Eu confesso, fiz dos meus,
amigos, confidentes, cúmplices... A única chatice é que às vezes, sinto falta
do diálogo, ou da discordância, ou do apoio eufórico. Meus botões são mudos
como portas! Mas, estão sempre prontos, quando preciso divagar, dizer bobagens,
blasfemar, coisas que no meu entender, somente eles são capazes de ouvir e
aceitar sem sentir mágoa, raiva ou desapontamento.
Então, com eles falei sobre
os atentados em Boston, o assalto do preço do tomate, a alegria de mais de uma
semana de céu azul, enfim, as coisas comuns do meu cotidiano mais comum ainda!
Às vezes, penso que se eu
soubesse lidar com o computador, falaria com Deus e o mundo!!! Procuraria
amigos do passado, faria pesquisas sobre temas que me atraem, conversaria com
gente de mil lugares...
Depois, paro, penso, e acho
que é melhor não. O que conheço de gente que foi abduzida pela internet e
deixou de viver ao vivo para estar conectada, plugada, online... Quero não, oh!
Ainda prefiro meus botões... e o lápis, o caderno pautado, o som da FM Brasil,
e a delícia de colocar meu coração no papel, com toda a sincera simplicidade de
uma sexagenária assumida!
Embora pareça sem graça, até
que a minha vida não é tão chata assim, e enquanto a Tatá estiver disponível,
tenho esse espaço que adoro, a parceria com vocês, a certeza de ter em cada
visitante um amigo querido, que torce por mim, da mesma maneira como eu me entrego
de coração para cada um...
E, sabendo do quanto é bom
ter opções, tiro o meu casaco preferido, coloco-o no espaldar da minha cama e
digo sorridente e agradecida “até amanhã” pros meus botões...
Pra vocês, até logo...
Mil beijos,
Tania Pinheiro.
Um comentário:
Tania! Rindo e muito por aqui, pois meus botões, zíperes, velcrons, plantinhas, espelhos, panelas e afins... companheiros diários ouvem-me e retrucam sim: botões caem, zíperes emperram, velcrons desgastam-se, espelhos embaçam, panelas queimam... porque estava internetando feliz da vida! Dou vivas à tecnologia - que também tem seus 'pitis', suas TPMs, mas é uma aliada e tanto. Aprendo, distraio-me, perturbo, coleciono momentos que não os dispenso mais. Pense nisso... Viajamos a longas distâncias virtualmente. E, se pensarmos no custo-benefício, ainda assim, vale a pena.
Bjs. Célia.
Postar um comentário