Oi meus queridos,
Desculpem não ter escrito
antes, porém, além da Tainá estar doente, a expectativa em que eu estava,
aguardando a resposta da minha amiga, para quem escrevi, me “sugeriu” esperar. Na
verdade, essa minha especial querida trabalha como louca, vive realmente, para
ajudar os que dela precisam. A Tatá até mandou um recadinho no facebook, que
ela não abriu até hoje, penso que ela nem saiba o que escrevi aqui.
Na verdade, estou um tanto
melancólica, porque estacionei na vida, e pelo jeito, embaixo da placa de proibido!
A saudade de pessoas amadas,
como o meu filho, meus irmãos, a Pati, a lembrança doída do cheiro de maresia,
os projeto (sonhados, calculados, propostos, e, muitas vezes realizados),
alguns parceiros de copo e de prosa, o silêncio, o pôr do sol e o despertar da
lua em Carnaubais, tantas coisas e situações que me fazem tanta falta!
São Paulo é uma cidade
fantástica, aqui é onde tudo acontece! Porém, é também um lugar que por todos
os motivos que todos nós conhecemos, não se colocam cadeiras na calçada, não se
namora no escurinho da praça, não se acorda no meio da noite, depois de um
pesadelo, e sai-se a caminhar para esfriar a cabeça...
Ninguém da atenção ao outro.
O nome dos vizinhos, a carona solidária, o lugar no ônibus para alguém mais
necessitado que nós, o sorriso acompanhado de um bom dia, o por favor, com licença,
muito obrigado... O ajudar um idoso a atravessar a rua, intrometer-se e separar
uma briga de meninos, levar sem que nem porquê uma flor para a pessoa amada,
entrar numa igreja, templo, sei lá o que, e simplesmente meditar e agradecer...
São coisas que quase não se vê.
Tenho lembrado demais dos
meus mortos. Falado demais dos tempos idos, e talvez até por influência do mofo
da minha casa, ando revirando lembranças e dores mofadas.
Os remédios não fazem
milagres, e eu, me sinto sem motivação, sem forças, sem graça para fazer planos
e esperar recompensas. Me sinto velha, feia, triste, e semiacabada!
Melancólica, essa é a
palavra certa, melancólica...
Mas, pasmem: Ainda sonho em
voltar a trabalhar, em plantar um lindo jardim e uma horta/farmácia naturais,
ver meus filhos casados, felizes, realizados... Não sei se será nesta ou na
próxima passagem por aqui.
A verdade, é que somos
feitos de sonhos, dúvidas, medos e espera... Alguns, de quebra, ainda somam a
esta lista o “ser melancólico”!
É a vida!
Mil beijos,
Tania Pinheiro.
4 comentários:
Oi, Tania! Que bom que você voltou a escrever. Estava sentindo sua falta. Queria notícias de vocês. Não fico perseguindo porque sei bem que, às vezes, a gente não tem ânimo nem tempo pra postar, mas me alegro quando vejo que tem novidade no blog. Será que não tem jeito de combater esse mofo? Ele pode estar fazendo mal a vocês. Dê uma olhada na internet, descubra o que funciona e comece uma cruzada antimofo. O exercício físico e um inimigo a derrotar vão diminuir o desânimo. Melhoras pra vocês duas! Beijos, queridas!
Olá Tania! Fases da vida... nem todas alegres... nem todas tristes, mas as temos e como! Não nos é permitido estacionar sob placas de PROIBIDO... pois a multa é tenebrosa... "Um novo tempo, apesar dos castigos / Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos / Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer"... (Ivan Lins) É uma canção energizante!
Bj. Célia.
Só agora voltei, depois de um tempo ausente da blogosfera, para me atualizar nos blogues que gosto. Bjs
Somos feitos de sentimentos.
Isso nos diferencia daquela outra espécie de ser humano que apenas age conforme a própria vontade, conforme a própria conveniência.
NÃO!!! Nós somos diferentes! Nesses momentos de tristeza procure por cartas, cartões postais, e-mails, mensagens de amigos que lhe ajudem a levantar! Já passei por isso e vivo passando... e sempre faço isso.
Isso sim é viver! Sentir e superar!
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