Oi meus queridos,
Hoje, 12 de maio,
comemora-se o dia da MÃE.
Para mim, isso não passa de
esperteza comercial, teste de potencial de marqueteiros, que conseguem
emocionar até as pedras e vender, de forma doce, amorosa, semi sublime,
inenarrável, produtos, que vão do carro ao ar condicionado, do batom ao
chocolate em formato de flor ou coração, da joia de esmeralda à bolsa (da
novela) comprada bem baratinha nas mãos do camelô.
Em contra partida, algumas
famílias de melhor poder econômico, rebocam as mães e as avós para os
restaurantes e churrascarias, onde, depois de horas na fila, fome saciada pelo
cheiro da comida alheia, comemoram com brindes e sorrisos O DIA DA GENITORA!
As menos afortunadas levantam-se
cedo, vão para a cozinha e preparam um super almoço, pra receber filhos, noras,
filhas, genros, netos, netas, a mãe e o pai (se ainda estiverem vivos!), os
filhos solteiros com seus pares, às vezes, acompanhados de seus agregados... E
aí, entre cervejas e caipirinhas, muita rasgação de seda (que quase sempre
descamba para a discussão) as horas passam céleres e a mãe fica com a pia cheia
de louça para ser lavada, enquanto assiste ao Gugu, Eliana ou Faustão, ouvindo
o apaixonado ronco do maridão no sofá...
Dia das mães!
Pessoalmente conheço e amo
algumas que, além de respeitar, admirar, e até sentir um pouquinho de inveja
boa, acho que não recebem da vida o valor merecido, até por que, o dia da mãe é
todo dia!
Todos os dias, cuidamos,
amamos, amamentamos, alimentamos o corpo a alma e o espírito, todos os dias
educamos, passamos valores, ficamos em vigília, esperando saber o rebento em
segurança, todos os dias conversamos com Deus e pedimos que guarde, ilumine e
proteja nossas crias amadas...
Todos os dias, sonhamos o
melhor para os nossos sempre “pequenos”. Nos culpamos por não sermos melhores,
mais fortes, mais poderosas, mais inteligentes, a ponto de abrir todas as
portas e janelas, romper todas as barreiras, curar todas as feridas, realizar
cada fantasia daqueles que tanto amamos.
Choramos quando não temos
notícias, quando nos sentimos esquecidas e abandonadas, choramos quando
recebemos um abraço inesperado... Perdoamos os descuidos, descasos, desrespeitos...
Pedimos perdão pelos erros cometidos ou não...
Confessamos com pensamentos,
palavras e atos nosso imenso amor todos os dias!
Não acho justo ter 1 dia
para homenagear nossa maternidade já que para tê-la (fisicamente) carregamos
por 270 longos dias e noites no nosso ventre, o que virá a ser o nosso
maior presente!
Então, proponho uma inversão
de situação: O segundo domingo de maio, poderia ser o dia em que nos esqueceríamos
da mãe: Não daríamos trabalho, não pediríamos conselhos ou uma graninha, não
cobraríamos atenção, não seríamos grosseiros ou relapsos, enfim, deixaríamos
que a “POBRE DA MÃE” fosse simplesmente um ser humano, livre de preocupações e
responsabilidades maternas.
Nos outros 364 dias,
daríamos, sempre que possível, amor, atenção, respeito, alento, solidariedade,
ajudaríamos a resolver os problemas, inclusive as despesas, cuidaríamos do
jardim, do cachorro (ou gato), convidaríamos para um passeio no parque ou quem
sabe um cinema, acompanharíamos ao médico, faríamos um almoço surpresa e
diríamos sem pudor, obrigação ou oportunismos: EU TE AMO MÃE, OBRIGADA!
Sei lá, acho que todas nós,
nos sentiríamos bem mais recompensadas...
***
Um
beijo muito especial para algumas das muitas mães, que eu amo, e das quais
morro de saudade:
Para: Ivani, minha genitora,
amiga e exemplo, “Gaída”, minha mãezinha do coração que hoje ainda chora a
perda do nosso “Pedinho” que foi pro céu sexta-feira, para Tainá minha filha
mãe, que cuida de mim quando eu mais preciso, para Patrícia minha cunhada que é
“mãe” do meu irmão Felipe, além de ter feito muito e com muito amor, por meu pai,
pela Tatá e pelo Ricardo. Pra Tatiana, minha irmã que criou e formou três
filhos médicos, abrindo mão dos próprios sonhos, para ajuda-los a realizar os
deles. Á minha tia Regina que cuidou meus avós, meu irmão Wagner, os filhos e
os netos dele...Para Iracy Azevedo, que tem sido mãe de tanta gente ao longo da
vida, para Ana Cadengue, a aniversariante do dia (a mãe dela também faz anos
hoje!) que merece o beijo, por ser mãe do João e minha amiga gratuita.
À Rita Lucia Facundo, minha
irmã e sócia na maternidade do George, e para terminar, um beijo para dona
Terezinha, que não conheço pessoalmente, mas respeito e quero bem, pois ela é a
mãe do Paulo Henrique (o amor da Tatá), que não me vê nem trata como sogra, mas
como amiga!
A todas e a cada uma, e
também as queridas que me acompanham no blog: Célia Rangel, Carla Ceres,
Célia Gil, Deth, Germana, Luciana, enfim, cada amiga que tanto me ajudou nesse
tempo todo, OBRIGADA!
Feliz nosso dia hoje, amanhã
e sempre! Mas, uma coisa é certa, a frase “Ser mãe é padecer no paraíso”, foi
escrita por um homem, ninguém me convencerá do contrário, JAMAIS.
Mil beijos.
Tania Pinheiro.
2 comentários:
Oi, querida Tania... mamãe-exemplo de luta pela vida para todas nós! Se estamos sempre por aqui, é para sugarmos sua lição de vida - uma amamentação espontânea, que nada cobra e muito nos alimenta. Saiba disso! Queremos sim, homenagem sincera e descompromissada, sem o aval do comércio e as faturas infindas de um cartão de crédito. Nosso amor não é computado em números, mas sim e somente em sentimentos! Obrigada por me ensinar a driblar a vida e dela fazer um cenário possível de felicidade!
Beijo e o meu carinho,
Célia.
Muito obrigada, Tania! Você é incrivelmente gentil. Mesmo quando é o seu momento de receber homenagens, você dá um jeito de nos fazer carinho. Eu concordo com as palavras da Célia. Tenho aprendido muito com você. Beijos!
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