Oi meus
queridos,
No último dia 21, escrevi
uma despedida pra vocês. Coloquei no papel, toda a minha tristeza, toda a angústia
e solidão que vimos vivendo, Tainá e eu, nos últimos três anos. Escrevi sobre
meus medos, minha apatia forçada, meu desejo desesperado de trabalhar,
produzir, ganhar meu pão com o suor do meu rosto, como sempre fiz. Escrevi sobre
o quanto estou decepcionada com o mundo, as pessoas (as de longe e as bem
próximas!), falei sobre as dores e fragilidades do meu corpo e da minha alma...
Pior, contei abertamente o
quão estou deprimida, sem sonhos, sem fé ou vontade de seguir. A gente para de
viver, quando deixa de sonhar e fazer planos. Respirar, comer, dormir,
defecar... Não é viver!
Agradeci a cada um de vocês o
apoio, o carinho, as muitas palavras de incentivo, as amizades sinceras e
gratuitas, muitas sem rosto, todas com alma e coração!
Pedi perdão pela fraqueza,
confessei meu cansaço, minha impotência, minha quase inutilidade.
A Tainá se negou a postar e
acabar com o blog. Discutimos, brigamos nos ferindo mutuamente, sempre gritando
o quanto nos amamos e precisamos uma da outra.
Estamos doentes. De tristeza,
de exaustão, de necessidade de paz, segurança física emocional e espiritual... Estamos
precisando de colo, respeito, projetos e coragem para realiza-los! Estamos nos
suportando a duras penas, por que maior do que todo mal, do que tudo de triste
e ruim que estamos vivendo, é o imenso amor que nos une.
E aí, burramente, resolvi
pagar alguém para digitar o fim do blog.
Por um daqueles caprichos
que O CARA, de vez em quando resolve usar, só para mostrar QUEM manda, recebi três
recados no blog de pessoas agradecendo por palavras que eu escrevi e que de
alguma forma as ajudou num momento ruim. Não fosse isso o bastante, uma
parceirinha lá do Icesp, perdeu o paizinho dela hoje. Eu estava lá no saguão,
conversando com o meu querido Patrício. Quando ela me viu, veio até mim e me
olhou. Tudo o que fiz, foi abraça-la, dizer meia dúzia de palavras de conforto,
guarda-la bem quietinha junto do meu peito. Juro que tentei dividir a dor com
ela. Quando nos separamos, ela enxugou os olhos e me falou:
– Ontem li sua postagem para
o meu pai, engraçado, ele sorriu o sorriso mais triste que eu já tinha visto e
comentou, “eu entendo essa moça, eu também não tenho mais orgulho de ser
brasileiro”! Minutos depois ele deu uma risada e disse que, certamente isso irá
mudar assim que o neto dele for presidente da República!
... Deus te ouça, meu velho.
De minha parte vou torcer muito pra que isso aconteça, pois se ele herdou do
avô e da mãe, a garra, o caráter, o amor a Deus e ao próximo, quem sabe ainda
dê pra dar um jeito!?!
Pelo visto ainda não
terminou minha missão.
Amo vocês!
Mil beijos,
Tania Pinheiro.
3 comentários:
Tania e Tainá, queridas!
O apóstolo Paulo, na segunda carta que dirigiu à comunidade de Corinto afirma, a uma dada altura, assim: «Prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Alegro-me nas minhas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por Cristo, pois QUANDO ME SINTO FRACO, ENTÃO É QUE SOU FORTE» (2 Co 12,9-10). Amém!!
Prossigamos, pois Deus espera muito de nós. Rezo por vocês.
Beijos. Célia.
Queridas Tania e Tainá, vocês nem imaginam o quanto ajudam as pessoas que passam por aqui. Depressão é algo que conheço bem demais. Continuem firmes e acreditem que são fortes. Vocês são fortes sim e estão predestinadas a vencer. Quem está de fora percebe isso claramente. Admiro muito vocês duas. Beijos!
Que bom que mudou de ideias! Admiro a sua coragem! O desânimo é muito normal, há que arranjar tarefas e objetivos para o superar.
Bjs
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